Subida no nível do Rio Negro não representa fim da seca, diz SGB

  • 16/10/2024
(Foto: Reprodução)
Pelo quarto dia consecutivo, o Rio Negro, em Manaus, registrou elevações no nível da água, marcado a cota de 12,20 metros, nesta quarta (16). Especialista fala sobre fenômeno. Rio Negro na seca de 2024. Lucas Macedo/g1 Amazonas O nível do Rio Negro, em Manaus, registrou elevações pelo quarto dia consecutivo após atingir o recorde histórico com o nível mais baixo já registrado desde o início do monitoramento em 1902, com 12,11 metros. Nesta quarta-feira (16), o rio atingiu a cota de 12,20 metros. A subida, no entanto, não representa o fim da seca, afirma o Serviço Geológico Brasileiro (SGB). 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp As elevações têm sido registradas em Manaus desde o último domingo (13), após o Rio Negro ter permanecido estável por 104 dias seguidos de descida. Desde então, o nível já subiu nove centímetros. A repentina subida das águas pode ser explicada pelo fenômeno conhecido como "repiquete", típico dos rios da região amazônica, em que os níveis oscilam, subindo e descendo, como uma espécie de efeito sanfona. "Agora o Rio Negro está passando por uma redução na intensidade de descida, apresentando certa estabilidade e até pequenas elevações, mas ainda não é o final da estiagem", informou a pesquisadora do SGB, Jussara Cury. Cury explicou ainda que para que o ciclo de cheia seja iniciado é necessário que haja chuvas consistentes e bem distribuídas, tanto nas regiões de cabeceira quanto na parte central da bacia amazônica. Devido à estiagem, a Prefeitura de Manaus decretou situação de emergência por 180 dias e interditou a Praia da Ponta Negra, após o rio ultrapassar a cota mínima de segurança de 16 metros. Subida em outros rios do Amazonas Seca em Itacoatiara é a maior desde o início do registro, em 1996. Liam Cavalcante/Rede Amazônica A pesquisadora também destacou que o processo não se limita ao Rio Negro, já que outros rios da Bacia Amazônica, como o Solimões, estão enfrentando o mesmo processo. Em Manacapuru, o Rio Solimões enfrentou a pior seca de sua história. No sábado (12), o nível do rio chegou a 2,06 metros, e nesta quarta-feira (16) subiu para 2,14 metros. No Alto Solimões, em Tabatinga, a situação foi ainda pior, com o rio atingindo uma cota negativa. Em 26 de setembro, o Solimões registrou o nível histórico de -2,54 metros. Embora o rio ainda esteja em cota negativa, houve uma recuperação, e nesta quarta-feira (16) o nível subiu para -1,65 metros. Outro rio que apresentou elevação foi o Amazonas, em Itacoatiara. Na sexta-feira (11), o nível do rio caiu para cota negativa, atingindo -0,03 metro, e continuou descendo, chegando a -0,08 metro na terça-feira (15). No entanto, nesta quarta-feira (16), o rio voltou a subir cinco centímetros, marcando novamente a cota de -0,03 metro. Além da capital, os 61 municípios do Amazonas também enfrentam uma situação de emergência devido à seca. Segundo a Defesa Civil, todas as calhas de rios do estado estão em estado crítico de vazante. Rio Negro registra seca recorde pela segunda vez consecutiva em Manaus

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2024/10/16/subida-no-nivel-do-rio-negro-nao-representa-fim-da-seca-diz-sgb.ghtml


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