Garimpo subterrâneo é destruído pela Polícia Federal no interior do AM

  • 09/02/2025
No local, situado em Maués, interior do estado, os agentes encontraram ainda 50 trabalhadores em condições análogas à escravidão. Garimpo ilegal de ouro constrói rede de túneis no leste do Amazonas "Explosões são debaixo da terra", foi dessa forma que a Polícia Federal descreveu a destruição de um garimpo subterrâneo em Maués, no interior do Amazonas, onde, eram retirados cerca de oito quilos de ouro por semana. A operação, realizada na última semana, revelou túneis profundos e precários, acessíveis apenas por helicóptero. No local, os agentes encontraram ainda 50 trabalhadores em condições análogas à escravidão. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Na última semana, a PF localizou quatro pequenos garimpos subterrâneos interligados que dão acesso a um garimpo principal. Um deles tinha 70 metros de profundidade. "Lá embaixo, os agentes da PF descobriram diversas galerias que formam corredores subterrâneos, cada um deles levando a pontos de extração de ouro", contou a polícia. As estruturas dos garimpos são precárias, com paredes e teto de madeira, colocando em risco a segurança dos trabalhadores. Para acessar os túneis, os agentes precisaram de cordas amarradas a um guindaste improvisado. O explosivista da PF, André Toledo, alertou para os perigos da operação. "Aqui dá pra ver bem como é perigoso e como ela vai cedendo com o tempo. Perigo de colapso é um perigo... o teto cede e pode matar quem está aqui dentro", ressaltou. Para destruir o garimpo, a Polícia Federal utilizou explosivos. Além disso, André Toledo destacou que o ar nos túneis é extremamente contaminado, o que obriga os garimpeiros a usarem um sistema de ventilação improvisado. "Eles trazem esse cano que é a linha da vida. Esse cano tem um motor lá fora que bombeia o ar até esse ponto que eles estão", disse. A polícia também detalhou o processo de extração do minério nos garimpos. As investigações revelaram que os garimpeiros retiravam a terra e a colocavam em bacias, que eram então transportadas para fora dos túneis. Ao ar livre, a terra era triturada e misturada com cianeto, um veneno mais tóxico que o mercúrio, para separar o ouro. Segundo a Polícia Federal, no garimpo destruído eram retirados, em média, oito quilos de ouro por semana, o equivalente a 3,2 milhões de reais. Durante a operação, também foram encontrados 50 homens trabalhando em condições análogas à escravidão. Desde o ano passado, cinco desses garimpos foram localizados e destruídos na região de Maués. A estratégia dos criminosos é escapar da fiscalização feita por satélites que identificam essas atividades ilegais na floresta.

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/02/09/garimpo-subterraneo-e-destruido-pela-policia-federal-no-interior-do-am.ghtml


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